CEBs cria abaixo-assinado contra privatização de área de 97 mil metros quadrados na Ibituruna

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om o objetivo de derrubar o projeto de lei 230/2019, que concede para uso particular uma área de 97 mil metros quadrados no pico da Ibituruna, um abaixo-assinado foi criado pela Comunidades Eclesiais de Base (CEBs), com o apoio de várias entidades de Governador Valadares.

O projeto, de autoria do Poder Executivo, iria a votação na Câmara Municipal na reunião do dia 11 de maio, mas foi retirada da pauta, a pedido do líder de governo, vereador Enes Cândido (DEM), que adiou a pauta para o mês de junho.

Segundo a coordenadora da CEBs, Cláudia Miffarreg, a Ibituruna pertence aos valadarenses e não pode ser entregue para a iniciativa privada sem que o contraditório seja ouvido.

“A Ibituruna é um patrimônio natural a que todos nós devemos ter acesso. Esse projeto de lei contraria tudo o que o Papa Francisco recomendou na sua Carta Encíclica Laudato Si’. Por isso, contamos com o apoio de todas as entidades ligadas à Igreja, movimentos e pastorais, e todas as pessoas que pensam na preservação da nossa casa comum”, disse Cláudia.

Assim que alcançado o número satisfatório de assinaturas, a CABs pretende encaminhar o abaixo-assinado ao Prefeito, ao presidente da Câmara Municipal, além dos vereadores, Ministério Público de Minas Gerais, Conselho Deliberativo de Meio Ambiente de Governador Valadares (CODEMA) e Instituto Estadual do Patrimônio Histórico e Artístico de Minas Gerais (IEPHA).

Cláudia ressaltou que o patrimônio público tem de ser preservado e colocado para o acesso de todos os cidadãos, e lembrou da tragédia que atingiu o rio Doce, em 2015, causada pela empresa Vale.

“Nós, valadarenses, temos consciência de que a Ibituruna é de todos nós. Já sofremos, desde 5 de novembro de 2015, quando a Vale tirou de toda a população a possibilidade de ter água de qualidade para beber, regar as plantas e tantas consequências ruins que todos nós bem sabemos”, ressaltou.

A abaixo-assinado está disponível no site https://bit.ly/2ZehRJI. Quem tem interesse em ajudar, basta acessar o site, clicar em “Assinar essa petição” e preencher os campos obrigatórios.

Fonte: Diário do Rio Doce

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