Ampliada das CEBs em Guaxupé-MG

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Dias 25 e 26 deste, realizou-se na residência do casal Vanda e José Roberto em Guaxupé uma Reunião Ampliada (antigos e atuais membros) da Coordenação Diocesana das Comunidades Eclesiais de Base. Refletimos guiados pelo método VER – JULGAR – AGIR.

Com a intervenção de todos os participantes, vimos as dificuldades e resistências encontradas, suas consequências, que vão do desânimo à fortaleza dos verdadeiros profetas, e as possíveis causas. Entre essas, a chamada Pós-modernidade, que favorece o individualismo, a fé apenas na cura individual e sem compromisso, o mercado religioso e o selbst-service das religiões, onde cada um põe no seu prato aquilo que hoje lhe interessa.

Outra causa importante seria a onda crescente da ideologia nazifascista na área política, econômica e social, que percorre o mundo inteiro, invadindo até muitos segmentos da instituição eclesiástica, e que só faz aumentar o sofrimento dos pobres, além de ameaçar a destruição do próprio planeta.

Procuramos ver também, já passando para o JULGAR, onde encontramos nesses fatos e em suas causas e consequências a graça, a gratuidade, o amor de Deus e onde podemos ver o pecado, ou seja, a cobiça de poder, de riqueza e de prestígio, que vive dentro de todos nós.

Tendo analisado o que Deus nos fala nos acontecimentos, passamos ao que ele nos diz na Escritura. Entre outros textos, o da terceira Leitura (Evangelho) do Terceiro Domingo Comum do ano C (Lc 4,16-30) foi o que mais nos motivou. É o programa de Jesus: Evangelizar os pobres, levar-lhes a Boa Notícia. Que melhor notícia os pobres poderiam esperar do que “o ano do agrado do Senhor”, o ano do jubileu, o ano de voltar à igualdade do início, de libertar os escravizados, de recuperar os meios de vida (terra) perdidos, de ter as dívidas perdoadas? E, ao texto de Isaías 61, o Evangelista acrescenta, do capítulo 35 do mesmo Isaías: “abrir os olhos aos cegos”. Essa é a missão de Jesus, para isso ele recebeu o Espírito. A nossa missão é continuar a de Jesus.

A sinagoga, a Instituição religiosa dos judeus, percebeu o alcance do “hoje” de Jesus, quando ele citou os casos de dois impuros e excluídos, uma viúva e um leproso, beneficiados pelo profeta em lugar dos puros judeus. Resultado, a sinagoga quis jogar Jesus no precipício, “mas, passando pelo meio deles, ele prosseguiu seu caminho”.

O AGIR surgiu espontâneo: continuar firmes, prosseguir na caminhada, dar toda força aos Grupos de Reflexão com os roteiros de Caratinga ou possivelmente produzidos na diocese.

A Celebração Eucarística encerou o encontro. Pedimos perdão “Pelos pecados, erros passados…”, por nós cristãos que vivemos mal e pela nossa indiferença diante da “vida tão ferida”. Ouvimos e refletimos a Palavra de Deus escrita nos textos do Terceiro Domingo Comum (Ano C). Na Liturgia Eucarística unimos nossas lutas e esperanças à morte de Jesus, morte de um terrorista amaldiçoado pela Bíblia (Dt 21,22-23) e sua ressurreição, que aprova tal morte. A morte do Cordeiro que tira o pecado do mundo nos alimentou e alimenta sempre.

José Roberto – Diocese de Guaxupé-MG

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