Magda Melo – Assessora das CEBs
Nesse mês missionário, o tema escolhido é o retrato da realidade cristã: “A vida é missão” se ela é missão, nos coloquemos ao dispor com lema “Eis-me aqui, envia-me” (Is 6,8). Devemos ter sempre em mente que ser discípulo missionário é mais do que realizar tarefas, atividades.
Na encíclica LumenFidei encontramos a expressão de que amor gera a fé e a fé sustenta o amor. Do mesmo modo que existe a “luz da fé”, somos colocados também diante da “luz do amor” (LF 34). O dom da fé é dom de partilha. Missão é também dom que se reparte. A missão é a essência do ser cristão.
A Igreja é missionária, nós, cristãos e cristãs somos missionários e missionarias. Quando Jesus diz “ide”, já nos coloca em saída. Jesus envia e quer seus discípulos e discipulas no caminho. O Papa Francisco sempre nos diz que quer uma ‘igreja em saída’. Missão é desinstalar-se. É sair e ir ao encontro.
A ‘Igreja em saída’, que Francisco sonha, busca sintonia também com um sério compromisso que nosso querido papa deseja realizar: a cultura do encontro. Tornar conhecido o evangelho.
Sair e ir ao encontro, assumir as mesmas atitudes dos apóstolos e discípulos ao serem enviados por Jesus. Missão é partir sem medo, livres, despojados dos bens e de si mesmos, certos de que não faltarão dificuldades e perseguições, mas, sobretudo o consolo da graça divina que nos conforta.
Há periferias físicas e existenciais de pessoas que precisam da boa nova. ‘A messe é grande’ esperando cristãos e cristãs ‘em saída’ dispostos a anuncia-lá. Multidões esperam de nós o testemunho de fé e palavras que apontem esperança e alegria, numa atitude de encontro e palavras de proximidade. Neste mês missionário acolhamos a oportunidade para renovar o ardor missionário que brota de nosso batismo.
Que o Espírito Santo nos ilumine, abra os nossos corações, nos ajude a compreender a importância da missão, no cuidado com o outro e com nossa casa comum.